Moral de uma história.

Publicado por O Perfeito Idiota às 03:14

domingo, 26 de agosto de 2007

Nunca antes tinha visto uma coisa assim: mulher, caucaseana, 45 anos, 132kg, em período pré-menopausa, alérgica ao açucar, hipertensa, deu entrada por hemorragia cerebral, relacionada com aneurisma da artéria cerebral média esquerda.

Moral da história: maldito Canderel.

Boa? Boa!

Se não tens pais ricos...

Publicado por O Perfeito Idiota às 17:29

sábado, 25 de agosto de 2007


Certo dia, o Espírito Santo botou a seguinte peça oratória aos evangelizados:

“Foi enviado pelo Messias da Banca o anjo Gabriel do crédito habitação, a uma cidade de Portugal, a uma virgem chamada Jovem Assalariado, e chegado junto a ela, disse-lhe: " – Salve Jovem Assalariado, cheia de graça, o Senhor está contigo". A virgem ficou atemorizada, mas disse-lhe o anjo Gabriel do crédito habitação: " – Não tenhais medo, Jovem Assalariado, porque estais na graça do Messias da Banca e do Senhor IRS. Conceberás um crédito habitação a quem porás o nome de Prestação Mensal. Ele será filho do Altíssimo, indexado à Euribor, e seu Reino só terá fim cinquenta anos depois". Ave Jovem Assalariado.”

Segundo consta a lenda, transmitida de pais para filhos, de geração em geração, o Messias da Banca e seus anjos são os mensageiros das taxas de juro, ajudando-nos a dar bom rumo e direcção à nossa vida, através do endividamento de uma vida.

Resiliência

Publicado por O Perfeito Idiota às 10:02


dia após dia, sinto-me com pouco efeito quântico, paradoxo e distensível. sou mais um electrão excitado num átomo sujeitado.

Boa? Boa!

O GTI... nunca foi e nunca será O sonho!

Publicado por O Perfeito Idiota às 21:43

quarta-feira, 22 de agosto de 2007



(...)

Os meus amigos riem-se de mim
Por ser feliz assim sem sonhar com um GTI
Eles não sonham que me basta ter te a ti
Sonhar comigo desde que te conheci

O sonho dos meus amigos é ter um GTI
Não importa de que marca, de que cor
O sonho dos meus amigos é ter um GTI
Não importa se inglês ou japonês

Desde que seja um GTI
Desde que seja um GTI
P'ra que quero um GTI
Se me basta ter-te a ti...
Eu não quero um GTI
Deita fora o GTI
P'ra que quero um GTI
Só me basta ter-te a ti...

Clã - GTI

Acontece.

Publicado por O Perfeito Idiota às 04:50

terça-feira, 21 de agosto de 2007


foram doze os passos que atravessaram aquela sala. estava na hora de acontecer. acabei de calçar as luvas já ajoelhado em cima da cama. o sono ofuscava àquela hora. um corpo jazia imutável. a voz de alguém, ecoava firme no ouvido obnubilado: -“reaniiimaçãooo”. o desfibrilhador. as drogas. o insuflador manual. o cansaço tolhia-me o pensamento. meio consciente da coreografia do algoritmo, activei o piloto automático. cortada a camisa de noite que vestia aquele corpo, examinei com admirada atenção os movimentos autónomos que os meus braços e mãos minuciosamente levaram a cabo. mesmo o sufoco tatuado nos olhares das colegas que nos cercavam numa estática ignorância fazia parte de um guião ensaiado, previamente. gel. pás. inicío de massagem cardíaca. adrenalina. atropinas. eléctrodos. catadupa de acções, como manda a ciência e suas evidências. todas geradoras de insucesso. nada pegou. “tem 87 brasas! já viveu muito, descanso à coitadinha…” – ouviu-se. o semáforo vermelho saiu de uma das bocas que permaceu nas tábuas durante os 45 minutos suados. pararam-se manobras! nada mais parou... o mundo continua inalterado. a não ser aquele coração, cansado de tanto bater. assistolia mantida e intransigente mesmo à minha frente. as luvas impotentes caíram instantes depois de ter cruzado a esquina da cama em trajectória distinta. ainda, senti o arrepio dos pulmões a expulsarem o último trago de ar. já a luz madrugadora rasgava os estores entreabertos, coada pelo vidro impermeável ao olhar curioso. a mão direita esmagava-me lentamente os poucos cabelos brancos. «nem sequer se despediu de ninguém» - pensei. Emocionei-me… que forma estranha de terminar uma vida inteira, revivida e sepultada numa cama nua e fria de um hospital? que fado do caraças! bem sei que com idade avançada ninguém os quer, não há vagar... mas não me conformo! passei o turno. e com ele, as memórias passadas de mais uma morte presenciada, não anunciada. a silhueta do corpo jazia agora envolvida no branco cadavérico do plástico. "nunca irei habituar-me" - temi. Acontece.
Boa? Boa!

Retrato obscuro

Publicado por O Perfeito Idiota às 02:50

sábado, 18 de agosto de 2007


horas que passam, vive-se a perder, gente que morre com tudo... perde-se a morrer, gente que vive com nada.
dias que ficam, o ponto picado, o coração a bater, pouco amado, muito por viver, braços sem abraço, pernas sem rumo, só por atalhos.
anos que pesam, sabor infinito, de um sonho por descobrir, uma vida inteira, coberta de amargo finito, prepara o corpo, para o medo que arrepia.

foda-se, são três da manhã… o que é que isto interessa? Nada!

Boa? Boa!

Susto.

Publicado por O Perfeito Idiota às 23:49

sexta-feira, 17 de agosto de 2007



Assustei-me! Descobri uma máquina rítmica no meio do meu peito, mais coisa menos coisa, que vive viva dentro de mim. Será minha ou será de alguém que se esqueceu de a levar..? Ou espero que venha de novo ou coloco anúncio no jornal à pergunta de alguém para a vir reclamar.

Boa? Boa!



Idiotia juvenil

Publicado por O Perfeito Idiota às 03:59

Parco em palavras é como eu fico quando a idiotia que publico neste blogue possui esta qualidade. Tremendamente idiota!

Boa? Boa!

A gente vai continuar... idiota! (2)

Publicado por O Perfeito Idiota às 02:36

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Genial, para dissipar momentos idiotas.

Boa? Boa!

Fora do contexto.

Publicado por O Perfeito Idiota às 20:19

domingo, 12 de agosto de 2007


quero esquecer-te, alguém me obrigue a esquecer-te, não quero esquecer, alguém me faça recordar, um sonho não acontecido, uma promessa anunciada, nunca cumprida, fico sem paciência, com muita ciência, com pouco amor, nada ciente, apenas perdido, tanto sonhador, num mundo silente, ensurdecedor
quero acreditar, alguém me force a acreditar, quero pouca desilusão, alguém me cura esta ilusão? tantos dias, pouco tempo, tantas noites, nenhum natal, grande marasmo, nada parado, quero dormir, com pouco vento, muito frio, estou com desejo, muito charme, estou sem um beijo, nada se mexe, fico na estrada, cerca de nada
Boa? Boa!

Parabéns Sissi!

Publicado por O Perfeito Idiota às 12:52


É verdade!! Parece incrível, mas não é. Inesperadamente, a minha cadela Sissi, antes vadia, agora acolhida e adoptada, foi mãe de duas babies cachorras, às 11h36 de hoje. 56gr e 61gr é o seu peso, respectivamente. São uma cutcheza de tão ingénuas, verdadeiras e frágeis. Não irá tardar muito que se transformem em dois diabretes-toupeiras do quintal!! Aii mi padre...

Boa? Boa!

Está quase... Zé Cid live at Amora

Publicado por O Perfeito Idiota às 00:52

Memória idiota

Publicado por O Perfeito Idiota às 00:21

quarta-feira, 8 de agosto de 2007


Às vezes, passamos pelos dias, às vezes, com tanta indiferença, às vezes, esquecemos isto que a idiotia, de vez em quando, obriga a enfrentar: cada momento idiota importa como uma vida plena. Cada momento idiota que assistimos, que vivemos, que sentimos, que arquivamos nos domínios mais guturais da nossa existência constrói-nos, por dentro e por fora, um mundo livre de idiotia que nos acolhe. Somos bom mais a guardar o que foi agradável e a tentar esconder num fundo interminável o que foi idiota, porque tudo nos povoa, inclusive o esquecimento.

Nestes dias, tenho esquecido pouco e pensado muito, ou melhor, alguma coisa nisto da idiotia. E tenho escrito sobre isto da idiotia. Acredito que algumas pessoas são feitas disto, uma matéria difícil de descrever, cada vez mais, porque o idiota vive por e para amores impossíveis e julga credível valer a pena lutar por algo que não existe.

Por isto, hoje sinto-me feliz. Mas quem é que não se sente feliz, hoje? Só mesmo estes idiotas, calculo.

Boa? Boa!

não me arrependo

Publicado por O Perfeito Idiota às 19:27

terça-feira, 7 de agosto de 2007


eu não me arrependo de você
cê não me devia maldizer assim
vi você crescer
fiz você crescer
vi cê me fazer crescer também
pra além de mim
não, nada irá nesse mundo
apagar o desenho que temos aqui
nem o maior dos seus erros,
meus erros, remorsos, o farão sumir
vejo essas novas pessoas
que nós engendramos em nós
e de nós
nada, nem que a gente morra,
desmente o que agora
chega à minha voz.


Caetano Veloso


Esfarelar o galho!

Publicado por O Perfeito Idiota às 19:06

domingo, 5 de agosto de 2007

Aviso: este texto não tem qualquer utilidade.

Quando o dia é de sorte, é mesmo de sorte. Não restam dúvidas! Foi um prazer avassalador ver mais um exemplo do bom estado de saúde que goza a expurga da inteligência. Foi o que me aconteceu hoje. Não me acontece sempre, acreditem!

Por muito que se conheça Portugal, há sempre um pormenor pronto a fascinar-nos pela sua idiotia, bizarria, invulgaridade, mesmo pela sua ousadia. Diariamente, há factos e situações com os quais nos deparamos amiúde, que sublinham a certeza de que povoamos um país verdadeiramente único. “José Cid a esfarelar o galho”, a fotografia, é um exemplo perfeito de como a idiotia é uma aberração genérica que está para ficar. Aliás, no meio social da idiotia, a expressão "esfarelar o galho" é claramente inspirada em José Cid e na sua gostosa e gulosa postura fotográfica pré-masturbatória, sendo que, em Portugal, não são poucos os idiotas que têm esta fotografia emoldurada numa qualquer parede perto de si.

Apesar da habitual e idiota justificação do excesso de álcool, a verdadeira razão do fenómeno reside no facto de estes idiotas terem uma imaginação lasciva e galopante no que às expectativas de sexo com outros diz respeito. Mas essa é outra questão e o que importa aqui reter é a essência gloriosa da fotografia de José Cid, que é qualquer coisa como isto: - "Este gajo é muito, muito idiota. É tão idiota que não o queremos. Já morrias!". Ora, isto acontece por sinapses no cérebro de uma qualquer pessoa normal, que considera este tipo de demonstrações avulsas em idiotia uma aberração digna de vénia.

Em suma, o aviso previamente escrito não foi levado em consideração! A verdade é cruel: este texto não possui carácter informativo, é mau de um ponto de vista literário e, mais importante, não é fácil ajudar quem quer que seja a reflectir sobre uma matéria tão complexa como a idiotia. Daí ter avisado o incauto leitor do quase nenhum interesse na leitura deste texto, pelo menos no sentido em que é habitualmente aferida a utilidade de um texto que tem como mote uma fotografia idiota. É caso para dizer: no melhor pano cai a nódoa!

Boa? Boa!